Amor, amor mesmo é aquele que se realiza, que é posto pra fora. É quase que uma excreção necessária, pois quando excreto pode ser visto e comprovado por mim, por todos.
Não que se apenas para dentro ele for não exista, mas daí recebe outro nome: vontade, apenas; e, caso não externado, acaba por morrer e, então, o nome já é outro: lembrança, que, com o passar do tempo, ganha sobrenome: perdida.
Fazer tal sentimento real consiste em expulsá-lo de si para que ele possa ser de alguém. Fora isso, amor não o é, mas aspiração vazia, falida.
SOUZA, Daniele.