quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Dependência vital

De tantos desamores, tantas dores. Não sei onde posso parar
Tantos dessabores que a mim arrebatam. Creio não saber me controlar
Ruínas me mastigam, me afogo em lágrimas. E ainda espero te beijar
Encarcerado por minha emoção, crio a deusa que temo jamais alcançar
Ainda assim, penso e digo: Amor, faça-me feliz pelo fato de apenas existir
Me debato, crio coragem e então peço: Oh, vem viver para mim!
Como tanto quis, um dia, enfim, eu sei, vou te ter aqui
Tal qual tesouro no recôndito velado, feito sutil e escasso rubi
De fato, em mim vivo para ti
Me perguntas e eu ouso responder que a você dou a vida
Pois que, a mim, prefiro a dor de um trágico morrer
Que conviver com o mais cruel legado de existir e não poder te ter
CARLOS, Bruno; SOUZA, Daniele.