sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Abortei-te, amor

Por não haver discórdia entre nós
Por faltar-nos a agressividade
Por não haver uma lágrima no chão
Por nem mais me dar ao luxo da vaidade

Por não saber se inda te aprecio
Por falta de assunto e devaneios
Por seres indiferente ao meu grito
Por já desconheceres o meu cheiro

Por não achar beleza no teu riso
Por não parar o tempo quando o vejo
Por não querer te ter quando preciso
Por não fazer mais falta teu desejo

Devolvo-te o peso que vai tarde
E com alívio, aproveito o ensejo
Que é para ti a culpa desse amor
Que a mim foi como um pesadelo
SOUZA, Daniele.